Quem sou eu

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Cantora que ama o que faz e não hesita em expor sua alma em cada palco que pisa.

terça-feira, 8 de março de 2011

Tereza Maria dos Santos Dionizio - A mulher


















Hoje é o dia internacional da mulher. Por ser uma terça de carnaval, pouca gente deve estar se lembrando desta data. Poderia escolher milhões de exemplos e palavras para homenagear o dia de hoje, mas escolhi uma mulher só, a mais maravilhosa que conheci e gostaria de falar sobre algumas coisas que aprendi com ela.


Tereza Maria dos Santos Dionizio, minha mãe

Minha mãe, se estivesse viva, teria feito no último dia 27 de fevereiro, 78 anos. Ela se foi aos 59 às vésperas de um desfile que faríamos da nossa grife Odara, seguida de uma grande festa. Bem, ela se foi muito cedo mas não antes de me doar as bases que me transformaram na mulher que sou hoje, vamos lá.

.  Minha mãe me ensinou a não ter medo e se tiver, enfrentá-lo.

.  Ser uma grande dama, ser fina e elegante. Saber se comportar nos grandes salões com doses de sedução e mistério que envolve as mulheres. Mas também aprender a se defender na vida e ser astuta na hora da dificuldade.

. Trabalhar, e com isso ser independente.

.  Aprender sempre com as mais variadas pessoas, é surpreendente o que o ser humano tem a ensinar.

.  Saber que tudo na vida tem dois lados. O que pensamos ser uma derrota, pode ser o início de uma vitória muito maior.

.  Levar a vida com bom humor. Além de tornar as coisas mais leves, no futuro teremos boas histórias pra contar.

.  Não perder tempo com coisas que não tragam nem aprendizado nem alegria. O tempo é curto, façamos o    melhor possível dele.

. Procurar sempre ver a beleza.

. Amar.

. Lutar pela felicidade.

Essa era D. Terezinha, que dizia entre outras máximas: “Minha filha, adoro ver a casa toda bagunçada após um dia de festa, copos espalhados, tapetes fora do lugar, isso me enche de felicidade porque eu sei que ontem nós nos divertimos e fizemos nossos amigos felizes!”
Sem mais!

Meu Carnaval!



Nesta terça de carnaval, enquanto dezenas de blocos de carnaval se alastram pelas ruas da minha cidade divertindo os foliões cariocas e turistas, e estou aqui no aconchego da minha casa lembrando do meu amigo Luiz Carlos da Vila quando dizia que era sambista e não folião e não raro, acabava viajando pra algum lugar sossegado durante o reinado de momo após fazer suas apresentações.


Hoje, me sinto um pouco como ele. Não nego que me senti extremamente feliz ao cantar no carro de som do bloco do Carioca da Gema e assistir aquela massa em pleno frenesi acompanhando os sambas e as marchinhas que cantamos, é um espetáculo prazeroso pra qualquer sambista. Também me senti emocionada ao entrar na Marquês de Sapucaí devidamente fantasiada com as cores da Portela ouvindo mais de três mil pessoas cantando o samba que vi nascer aqui, dentro da minha casa. Foi fantástico. Mas confesso que depois de ter dado início ao carnaval em terras amazônicas e feito um show maravilhoso para uma platéia que dançava debaixo de chuva em Casimiro de Abreu, o desfile na Portela finalizou minha participação no carnaval carioca de 2011.

Sou sambista e amo o samba, o defendo durante os 361 dias do ano e o faço de todo o corpo, alma e coração. Gosto de ver o movimento das pessoas circulando fantasiadas pela minha janela de vista privilegiada. Mas gosto também de aproveitar estes dias como umas férias e fazer coisas que raramente tenho a oportunidade de fazer como ficar em casa descansar, ler (aliás estou lendo um livro maravilhoso), ver filmes que não tive a chance de ver, me atualizar e por o sono em dia (outra coisa rara na minha agitada vida) e para surpresa de muitos ouvindo Carmina Burana que adoro.

Sábado que vem, volto renovada para os palcos do Rio e do Brasil onde as pessoas desejem ouvir os sambas que fazem parte da minha verdade, da minha vida e sem os quais não existo.

Aos meus amigos foliões, divirtam-se ao máximo, aproveitem o nosso carnaval que é dos melhores do mundo. Sábado nos encontraremos e começaremos tudo de novo, afinal em terra de samba o carnaval não tem fim.

Até breve!

quarta-feira, 2 de março de 2011



Amigos, esta missão de atualizar um blog é mais difícil do que eu imaginava ainda mais num período em que tantas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo ou seguidamente como tem sido nos últimos dias. Tenho vivido experiências fantásticas, conhecido lugares e pessoas os quais gostaria de ficar descrevendo por horas a fio tamanha a intensidade  de sensações que me causaram. Mas como ainda estou no meio do processo, vou tentar dividir com vocês um pouco de cada experiência.

MINHA ESCOLA VAI DESFILAR...

Quando me ausentei estava anunciando o show que faria com os compositores e novos amigos Marceu Vieira e Tuninho Galante. Numa terça-feira no Centro Cultural Carioca, lá estava eu com pronta para defender a música que homenageava a verde e branca da Leopoldina dentro de um projeto em que cada música foi feita para uma das grandes escolas de samba do Rio de Janeiro. As Cores verde e branco já moram no fundo do meu coração por toda a vida, visto que sou imperiana. Desta vez foi o novo, um desafio que, aliás, é marca das composições dos dois, as músicas cantadas pelos meus amigos Elisa Addor (sobre a Estácio de Sá) e Thiaginho da Serrinha (sobre o nosso Império Serrano) se igualavam em riqueza e beleza a música que cantei “O Nascimento da Imperatriz”. Sentia que a cada nota a música ia me possuindo até me sentir embriagada tanta beleza. Para todos nós, cantores que participaram do projeto, foi como ganhar um presente esperado.

Feliz, venho agradecer ao Marceu e ao Tuninho por essa rara oportunidade e dizer que minha voz sempre estará a disposição de suas ricas melodias e letras.