Quem sou eu

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Cantora que ama o que faz e não hesita em expor sua alma em cada palco que pisa.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tem mais samba ...



Marceu Vieira e eu estamos felizes da vida. Vamos receber nesta terça-feira, dia 22, as belíssimas cantoras Elisa Addor e Luiza Dionízio, duas deusas do panteão da nova música brasileira.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

BH - amor ao primeiro acorde!


Cheguei em BH numa tarde quente e de sol tão forte que por um momento me deu a  impressão de estar no Rio. Não conhecia o Marcelo Roxo que viria me buscar no aeroporto, então fiquei atenta e com o celular na mão caso houvesse algum desencontro. Pouco depois que me posicionei, vi um carro chegando apressado e um motorista com aquele clássico boné de sambista, me dirigi ao carro e logo recebi um sorriso de volta, era ele.
Batemos um longo papo até o hotel onde ficaria hospedada onde relembramos as peripécias do Luiz Carlos da Vila e falamos de amigos em comum como Nilze Carvalho, Toninho Geraes, Toninho Nascimento, Noca da Portela, Moyseis Marques entre outros. Uma conversa gostosa e divertida  parecíamos amigos de longa data. Marcelo é um lutador como poucos em defesa do samba e merece todo o nosso respeito e admiração.
Na hora marcada para o show, cheguei no Sobrado Santa Tereza e fui alegremente recebida por um povo ávido por samba. Pra minha surpresa, recebi logo três pedidos para cantar Conceição da Praia, música de Luiz Carlos Máximo que faz parte do meu cd. Pessoas empolgadas chegavam a mim a todo o momento e diziam que já tinham me visto em diversos vídeos do youtube, galera interessada mesmo.
O grupo Fidelidade Partidária que me acompanhou também foi uma grata surpresa, samba tocado com ginga e bastante molho como deve ser, músicos competentes e como se diz em BH uma galera “boa de serviço”. Conheci também a Aline, parceira do Marcelo Roxo que o ajuda a manter o projeto com garra e cumplicidade. Aline é uma pessoa rica em profissionalismo aliado a simpatia e bom humor, mais uma amizade que quero manter pra sempre. No meio de tanta harmonia encontrei a Doris, sambista de BH  e a Silvana que já  havia conhecido aqui no Rio.
Fizemos juntos o sobrado tremer, fizemos a poeira subir onde nem existia, cantamos  juntos, brindamos ao samba.
Voltei de lá renovada e feliz por ter sido acolhida de maneira tão carinhosa pelo povo daquela cidade. Trouxe muita coisa, não na bagagem mas dentro do coração. Um sentimento de saudade se espalhou no meu peito quando o avião decolou e pude olhar de cima para a cidade que quando menos esperar me terá de volta em seus bares e rodas de samba para começarmos tudo de novo...
Obrigado Belo Horizonte!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Com a voz solta pelo Brasil

Matéria de hoje no jornal Amazonas Em Tempo.













Estou me preparando para a minha ida a Belo Horizonte, onde, junto ao meu novo amigo Marcelo Roxo, faremos mais uma grande festa de "Devoção" ao samba. Vou ansiosa em conhecer pessoas novas e cheia de vontade de fazer o que dá razão a minha existência, cantar...
Os sambistas de BH podem ter certeza de que meu coração já está aí com vcs e no sábado seremos um só pelo samba.
Até breve!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Programa de Índio?

                        Foto do blog Amando Rio de Janeiro


Para muitos, a idéia de ir a praia no domingo é um verdadeiro “programa de índio”. Céu completamente azul, sol , mar tranqüilo. Este poderia bem ser o cenário do paraíso, mas a dificuldade para encontrar um metro quadrado de areia onde se possa colocar uma barraca de sol e uma cadeira começa a transformar o cenário paradisíaco.  Cariocas amam a praia, turistas amam as praias cariocas e todos se contentam com os 50 centímetros quadrados de areia onde possam ficar em pé ao menos. A dificuldade para se conseguir chegar ao mar é enorme e quem consegue tem que se molhar no tempo alheio e não no próprio. Crianças amam a praia, mais a areia do que a água e brincam com ela construindo e reconstruindo castelos, pois adultos desatentos sempre acabam por pisar. Pra que chorar, sobra areia e imaginação às crianças. Os vendedores de brincos, empadas, cervejas, biscoitos Globo, picolés da fruta e outros tantos conseguem o que pra nós é quase impossível, caminhar com sol a pino por entre barracas, cadeiras, cangas e gente, muita gente, carregando suas mercadorias não sem as famosas sandálias de dedo que insistem em encher  de areia a canga daquela moça que acabou de limpá-la, sem problemas, a moça limpa novamente a canga e o vendedor segue feliz faturando no melhor lugar pra se trabalhar, a praia.
Eu fui à praia domingo, isso mesmo. Mas como sou uma pessoa noturna, saí de casa às 17 horas e cheguei na praia ainda a tempo de ver um festival de barracas sendo fechadas quase que ao mesmo tempo o que, se olhado do alto, deveria parecer uma coreografia ensaiada,  o sol estava se indo, fazia muito calor e a temperatura da água estava bastante convidativa. Sou carioca e como tal também amo a praia. Sentada na cadeira alugada, pude ouvir o vozerio diminuindo e sendo substituído pelo barulho das ondas. Por volta das 19:30h uma expectativa tomava conta das pessoas que continuavam na praia e aos poucos todos ficaram de pé olhando em direção ao Morro Dois Irmãos e o que começou de maneira tímida e espaçada se transformou em algo contagiante e frenético. Eram aplausos para o sol que sumia devagar como se ouvisse o carinho e emoção do público praiano. Parecia um ritual pertencente a uma tribo que agradecia ao Deus Sol por ter cumprido com sua promessa. Nessa hora no meio e pertencendo a essa tribo, tive que reconhecer que ir a praia no domingo ou em qualquer outro dia ensolarado é sim um programa de índio.