Quem sou eu

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Cantora que ama o que faz e não hesita em expor sua alma em cada palco que pisa.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Mestre















Ontem, dia 27 de outubro, foi um daqueles dias pa não mais se esquecer.

O show Baticun. 

O mestre Wilson Moreira.

A Sala Baden Powel se encheu de magia na presença daquele a quem devemos chamar de Entidade e reverenciar pelo seu mérito. O CD Baticun começou a ser produzido em 1991 e vinte anos após nos chega de presente. Os irmãos Beto e Henrique Cazes usaram todo o esmero para este trabalho cujo resultado é impossível descrever com palavras, somente ouvindo.

No palco, um mestre emocionado chorou em frente a uma platéia que o aplaudia de pé, efusiva, completamente inebriada com o que acabara de assistir. Um mestre com a humildade que só os grandes conseguem atingir, se colocou no palco e conduziu um espetáculo que beirava o religioso. Íntegro, forte e único, Wilson Moreira se mostrava com a garra de quem está começando.

Eu, orgulhosa por fazer parte deste show, me apresentei com lágrimas nos olhos em diversos momentos, grata por ter sido convidada e convicta de que fiz a escolha certa ao optar em viver de música, ou melhor, viver a música.

O que aconteceu ontem naquele palco merece horas de aplausos contínuos. 

Minha pele negra ainda está vibrando de tanta emoção, de tanta felicidade e preciso deixar registrado que Wilson Moreira é infinito, o grande mestre o qual temos a honra de ter em nosso país.

Salve Wilson Moreira, salve a musicalidade brasileira.

Amém!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Adorável Ro Ro!

Utilizei a frase usada pela minha produtora Vânia Dias, pra definir a pessoa maravilhosa com quem tive a honra de dividir o palco ontem à noite no Rival, Ângela Ro Ro.

A menina bonita de voz rouca que em 79 cantava “Amor, meu grande amor” e “Tola foi você”, virou sucesso, virou moda e mudou padrões. Escandalosa, destemida e livre ousou pelo simples fato de ser verdadeira. Meu comportamento de fã, acompanhou as oscilações desta brava que em nenhum momento se livrou do vício de compor (para o nosso bem). Quantos aos outros, sim.

Ontem, no meu primeiro contato com ela, de imediato me senti a vontade. Ro Ro, corria de um camarim para o outro, distribuindo sorrisos, roteiros, presentes e tirando fotos, muitas fotos, rs. O clima para o talk show que teria início em instantes estava extremamente descontraído. Sempre digo que a música nos torna um só, graças a Deus ela não respeita os rótulos em que somos enquadrados sejam eles quais forem. Mas ontem havia mais do que isso naquele teatro. Havia uma força viva atuando com sua capacidade máxima e nos tornando mais fortes com ela.

Estar no palco com aquela mulher hiperativa que me fazia perguntas enquanto  filmava com sua inseparável máquina fotográfica dos ângulos mais inesperados, que cantava comigo e soltava aquela gargalhada de quem vence, foi fantástico.  Seu humor sagaz ocupava todo o palco e ela sambava, cantava e abanava seu leque.

Nas músicas que cantou, sua voz era da mesma beleza do início de carreira. Linda e rouca.

Senti felicidade ao ver que ali estava a superação em pessoa, a volta por cima. Uma malandra de verdade que não se deixou enganar.

A grande lição estava ali diante de todos, amar a vida nada mais é do que VIVER!

Parabéns Ro Ro, e mil vezes obrigado!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

25 de Julho - Dia da Mulher Negra na América Latina e no Caribe

Em 19992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas em Santo Domingos,  República Dominicana, cerca de 400 mulheres negras do mundo inteiro firmaram o "25 de Julho"como o Dia da Mulher Negra na América Latina e no Caribe, a ser celebrado em clima de reflexão e festividade.

Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da lita e da resistência da mulher negra. Desde então, a sociedade civil e o governo vêm atuando para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero e racial/etnia - explicada em muitas situações do cotidiano - em que vivem estas mulheres. Esta data vai além da celebração do Dia Internacional da Mulher à medida que marca a luta pelos direitos humanos das mulheres negras, três vezes oprimidas por causa da sua raça, do seu gênero e, finalmente, da sua classe social.

Comemorar o Dia 25 de Julho é assumir o inteiro teor da luta anti-racista, unindo as lutas do povo negro às da plataforma feminista para transformar a mentalidade discriminatória, contribuir para a implementação de políticas públicas e oportunizar maior participação e cidadania às mulheres negras.

O objetivo da comemoração do dia 25 de Julho é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres para que possam, todos os espaços, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento do racismo, do sexismo, da discriminação do preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promover e valorizar o debate sobre a identidade da mulher negra brasileira como elo fundamental com toda as mulheres da diáspora, do Continente Africano, Latino Americano e Caribenho para o mundo!

é uma data política que evidencia a construção coletiva internacional e o patrimônio das mulheres negras na diáspora. Religamos os vínculos e as alianças temporariamente rompidas pela escravidão. Isso nos possibilita um espaço de conforto para nossas aspirações e a valorização das vitórias alcançadas, dos direitos conquistados e da nossa existência como mulheres negras.

O Dia Internacional da Mulher Afro-latino-americana e Afro-caribenha também é um momento de avaliação das condições de vida das mulheres negras.

Vivemos em desigualdade. É preciso que a sociedade abra mão do racismo e do sexismo. Temos direito a uma vida plena, a viver numa democracia inclusiva e ter uma agenda de direitos sociais, como expressão e reconhecimento pelo que somos e realizamos. A sociedade precisa mudar.

* Texto escrito pelos elaboradores do evento que acontecerá dia 27 de julho nas escadarias da Câmara dos Vereadores do Estado do Rio de Janeiro

sábado, 18 de junho de 2011

Vamos deixar a cultura morrer?

“A 15ª Vara de Fazenda Pública da Capital decidiu, na noite desta quinta-feira, pela suspensão da realização do festival Santa Música, previsto para ocorrer no bairro de Santa Teresa no domingo. “

Não é raro, nos últimos tempos, encontrarmos notícias como esta nos meios de comunicação do Rio, infelizmente. É lamentável assistir ao que está acontecendo com a cultura da nossa cidade, nosso povo está ficando cada vez mais impedido de ter acesso a qualquer manifestação cultural e com isso, as classes sociais que não tem como pagar para assistir a um show ou uma entrada para um teatro, fica aprisionada na tela da TV (será que esse plano é mais infame do que parece?), assistindo ao que foi cuidadosamente escolhido para formar uma única opinião.

Amo minha cidade, mas estou com muita vergonha do que está acontecendo. Tenho viajado para outros estados onde há constante investimento em projetos culturais populares. Onde o povo tem a liberdade para assistir a shows gratuitamente e me envergonho de ver que a cultura no Rio está restrita somente aos que tem poder aquisitivo para pagar (e muito), para vê-la.

Ano passado, participei do Viradão Carioca. Cantei no bairro de Vila Kennedy para um público que me emocionou, que dançou na praça, que aplaudiu e se sentiu parte de uma cidade ferozmente dividida. Uma mulher que me assistia, tirou do dedo um anel e me deu de presente, agradecida e feliz. Quando me colocaram pra cantar nesse bairro, me enchi de alegria porque cantaria para um público que está completamente à margem do que acontece na outra cidade dentro desta.

Este ano eu me pergunto, o que aconteceu? Onde aconteceram os shows do Viradão Carioca? Quem participou? Quem assistiu? Difícil achar uma resposta justa pra tudo isso.
Nossos governantes estão preocupados unicamente em transformar nossa cidade em um grande Pólo Esportivo para “inglês ver” como diria minha avó. Nada mais interessa, nada tem importância em nenhum outro setor que dirá para a cultura...

Acredito que precisamos urgentemente fazer algo e não assistir pacificamente a morte da cultura em nossa cidade. Eu presenciei, antes da revitalização da Lapa, a policiais armados impedindo que houvesse qualquer manifestação musical no mesmo bairro, Santa Tereza, como se músicos fossem bandidos. Nesse dia eu chorei, hoje estou com um sentimento de revolta e de que já passou da hora de agir e modificar este quadro.

Tenho orgulho da mobilização e do comprometimento do nosso povo com a causa dos bombeiros, agora precisamos de apoio para impedir que a única diversão gratuita do povo seja assistir ao Faustão.

Cultura é necessário, temos que lutar por se quisermos manter o título de Cidade Maravilhosa!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Segunda-feira





Sou das poucas pessoas que esperam, ansiosamente, pela chegada da segunda-feira. Gosto de saber que tenho 5 dias úteis pela frente e da possibilidade de produzir, fazer acontecer, mudar e trabalhar. Quando as segundas são ensolaradas, melhor ainda, mais estimulo e energia. Não tenho nada contra os fins de semana, até porque, também trabalho e gosto demais. Também tenho a oportunidade de estar perto da família e amigos o que é maravilhoso. Mas a segunda-feira pra mim tem um algo a mais.

Aprendi com um amigo muito querido a dar graças todos os dias, todos tem seu mérito e temos todas as manhãs a oportunidade de fazermos um dia melhor do que ontem. Estamos vivos e ativos, temos a chance diária de sermos melhores e lutarmos pelo que queremos. Talvez essa seja a origem da minha paixão, as milhares de oportunidades que se apresentam.

Desejo sinceramente uma ótima semana para todos nós e que no fim desta, possamos nos encontrar e falar sobre nossas novas conquistas.

Axé!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Entrevista para o site O Batuque!

Achei esta entrevista e resolvi publicá-la, nela falo sobre como tem sido viver a música desde que me entendo por gente, rs. Vale a pena conferir!











http://www.obatuque.com/obatuquenovo/?pg=exibir&noticia=1513

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O Brasil não conhece o Brasil...










Como prometido, estou de volta com as novidades trazidas de Barra do Garças – MT. Mais uma vez tenho que agradecer ao samba pelos ótimos momentos que ele me proporciona, o samba é o ritmo brasileiro e onde quer que se vá, lá está o nosso povo ávido por um bom samba no pé. Cantar samba em Mato Grosso onde a cultura musical é originalmente sertaneja, me deixou com certa expectativa, mas quando o cavaquinho, o pandeiro e o tantan começaram a tocar o que vi foi um público vibrante e extasiado sambando e vibrando a todo momento. Estava em casa...

Depois do show muitos abraços carinhosos, brindes e fotos que devem se espalhar nos perfis das redes sociais, eu acabara de ganhar um novo público e o povo de Barra do Garças de ganhar uma nova amiga.
Ao acordar no sábado, feliz da vida, fui levada pela minha anfitriã Ester Manciolli, para conhecer um pouco dessa cidade que tem tantas belezas que seria necessário todo um mês para conhecê-las. Fomos ao Parque das Águas Quentes, um lugar paradisíaco com infinitas piscinas com temperaturas diferentes, fornecidas generosamente pela mãe terra. Coisas do nosso Brasil...

Deitei em uma das bóias que passavam a todo tempo e me deixei levar pelas águas do Rio da Preguiça, que não poderia ter melhor nome, rs. Esse rio segue pelo parque passando por cachoeiras, pontes e muito verde. Se não fosse pela beleza que me mantinha desperta e encantada, teria dormido sobre aquelas águas morninhas.

Terminei meu dia na casa de um amigo da Ester, o Paulo, que junto a sua esposa nos, receberam acolhedoramente em sua casa que fica as margens do Rio Garças e em frente a uma ilha particular que eles apelidaram de “Ilha de Caras Bons”, local que na época em que o rio desce se torna uma praia de areias muito brancas. Ficamos comendo churrasco e falando das boas coisas da vida enquanto o sol se despedia de todos nós e anunciava a hora da minha despedida desta cidade cativante de gente acolhedora e gentil.

Enquanto estava lá, postei no Facebook “O Brasil não conhece o Brasil...”, o samba está me fazendo conhecê-lo muito melhor e aumentando o meu orgulho por ser brasileira.

Fica aqui minha eterna gratidão a todos com quem eu tive a oportunidade de viver momentos tão felizes, saibam que meu canto e meu samba sempre estarão com vocês.

Obrigado e até breve!!!

Link para fotos: http://on.fb.me/jz8sBW

quinta-feira, 28 de abril de 2011

E lá vou eu...

     Rio Araguaia - Barra do Garças - MT


Bem, cá estou eu arrumando as malas com tons e ritmos pra levar meu samba para  mais um pedaço desse imenso país. Desta vez vou para Barra do Garças – MT, onde me apresento amanhã, dia 29.
Todos os dias e por todos os motivos agradeço a Deus pela minha profissão e por ter feito a escolha certeira quando chegou o momento. Cantar é toda a minha vida e a expectativa de levar meu canto por este Brasil afora me excita e me dá mais vontade  de cantar mais e mais...
Vou com o coração mais uma vez aberto para o novo esperando passar para o povo de Mato Grosso, toda a emoção e felicidade com que o samba me alimenta diariamente.
Na volta, trarei fotos,  novidades e histórias pra contar

Meu Rio querido, até breve!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pra quem fica e pra quem chega...

Semana Santa muita gente aproveita pra fazer uma viagem e repor as energias. Outros preferem ficar e aproveitar as muitas programações que o Rio tem a oferecer. Aos meu amigos cariocas e aos que estarão no  Rio este fim de semana, fica a minha divulgação e a todos o meu desejo de uma ótima Páscoa!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Pesquisa no ar!!!

Amigos, resolvi fazer este post pra ouvir vcs. A partir desta sexta, dia 15, começo uma nova fase no Carioca da Gema e quero fazer o melhor pra vcs. Por isso faço a seguinte pergunta: "qual samba vcs gostariam que eu inserisse no repertório?"
Façam seus comentários!!!
Beijo grande

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Seresta Moderna


















Nesta terça vou estar no Teatro Rival Petrobrás fazendo uma participação no show de lançamento do cd deste maravilhoso grupo Seresta Moderna. Pra quem quiser pintar por lá o show começa às 19:30 e todos são muito bem vindos para conhecer este trabalho que já vem honrando há algum tempo, os palcos cariocas.

domingo, 10 de abril de 2011

Abril de caminhos abertos!

Queridos, o tempo tem passado depressa e de tal forma que me falta tempo de atualizar o blog e contar as novidades. Muitas coisas têm acontecido e muitas pessoas iluminadas têm cruzado meu caminho. Sobre algumas dessas experiências eu quero dedicar um post exclusivo como a minha ida a Manaus (estou devendo isso àquele povo maravilhoso), por hora deixo minha agenda atualizada para quem quiser me ouvir e conto algumas novidades.

Ontem, sábado, fiz minha despedida da longa temporada que fiz neste dia da semana no Carioca da Gema, despedida em alto nível com a participação de Paulão 7 Cordas (o mestre). A partir desta semana, passarei a me apresentar na casa as sextas-feiras com os músicos/amigos queridos que me acompanham e dois novos e talentosos componentes. Estamos preparando novos arranjos e outras novidades para esta nova etapa neste  palco que me é tão familiar.

Outra nova é que agora faço parte do Casting da Agência Trade Soluções em Marketing e Produção Cultural. Estamos começando esta parceria com boas perspectivas futuras e de agora em diante a Trade estará responsável pelos agendamentos dos meus show e pela minha produção. Asé!

Abril chegou trazendo mudanças, que elas sejam muito bem vindas.

Asé!

terça-feira, 8 de março de 2011

Tereza Maria dos Santos Dionizio - A mulher


















Hoje é o dia internacional da mulher. Por ser uma terça de carnaval, pouca gente deve estar se lembrando desta data. Poderia escolher milhões de exemplos e palavras para homenagear o dia de hoje, mas escolhi uma mulher só, a mais maravilhosa que conheci e gostaria de falar sobre algumas coisas que aprendi com ela.


Tereza Maria dos Santos Dionizio, minha mãe

Minha mãe, se estivesse viva, teria feito no último dia 27 de fevereiro, 78 anos. Ela se foi aos 59 às vésperas de um desfile que faríamos da nossa grife Odara, seguida de uma grande festa. Bem, ela se foi muito cedo mas não antes de me doar as bases que me transformaram na mulher que sou hoje, vamos lá.

.  Minha mãe me ensinou a não ter medo e se tiver, enfrentá-lo.

.  Ser uma grande dama, ser fina e elegante. Saber se comportar nos grandes salões com doses de sedução e mistério que envolve as mulheres. Mas também aprender a se defender na vida e ser astuta na hora da dificuldade.

. Trabalhar, e com isso ser independente.

.  Aprender sempre com as mais variadas pessoas, é surpreendente o que o ser humano tem a ensinar.

.  Saber que tudo na vida tem dois lados. O que pensamos ser uma derrota, pode ser o início de uma vitória muito maior.

.  Levar a vida com bom humor. Além de tornar as coisas mais leves, no futuro teremos boas histórias pra contar.

.  Não perder tempo com coisas que não tragam nem aprendizado nem alegria. O tempo é curto, façamos o    melhor possível dele.

. Procurar sempre ver a beleza.

. Amar.

. Lutar pela felicidade.

Essa era D. Terezinha, que dizia entre outras máximas: “Minha filha, adoro ver a casa toda bagunçada após um dia de festa, copos espalhados, tapetes fora do lugar, isso me enche de felicidade porque eu sei que ontem nós nos divertimos e fizemos nossos amigos felizes!”
Sem mais!

Meu Carnaval!



Nesta terça de carnaval, enquanto dezenas de blocos de carnaval se alastram pelas ruas da minha cidade divertindo os foliões cariocas e turistas, e estou aqui no aconchego da minha casa lembrando do meu amigo Luiz Carlos da Vila quando dizia que era sambista e não folião e não raro, acabava viajando pra algum lugar sossegado durante o reinado de momo após fazer suas apresentações.


Hoje, me sinto um pouco como ele. Não nego que me senti extremamente feliz ao cantar no carro de som do bloco do Carioca da Gema e assistir aquela massa em pleno frenesi acompanhando os sambas e as marchinhas que cantamos, é um espetáculo prazeroso pra qualquer sambista. Também me senti emocionada ao entrar na Marquês de Sapucaí devidamente fantasiada com as cores da Portela ouvindo mais de três mil pessoas cantando o samba que vi nascer aqui, dentro da minha casa. Foi fantástico. Mas confesso que depois de ter dado início ao carnaval em terras amazônicas e feito um show maravilhoso para uma platéia que dançava debaixo de chuva em Casimiro de Abreu, o desfile na Portela finalizou minha participação no carnaval carioca de 2011.

Sou sambista e amo o samba, o defendo durante os 361 dias do ano e o faço de todo o corpo, alma e coração. Gosto de ver o movimento das pessoas circulando fantasiadas pela minha janela de vista privilegiada. Mas gosto também de aproveitar estes dias como umas férias e fazer coisas que raramente tenho a oportunidade de fazer como ficar em casa descansar, ler (aliás estou lendo um livro maravilhoso), ver filmes que não tive a chance de ver, me atualizar e por o sono em dia (outra coisa rara na minha agitada vida) e para surpresa de muitos ouvindo Carmina Burana que adoro.

Sábado que vem, volto renovada para os palcos do Rio e do Brasil onde as pessoas desejem ouvir os sambas que fazem parte da minha verdade, da minha vida e sem os quais não existo.

Aos meus amigos foliões, divirtam-se ao máximo, aproveitem o nosso carnaval que é dos melhores do mundo. Sábado nos encontraremos e começaremos tudo de novo, afinal em terra de samba o carnaval não tem fim.

Até breve!

quarta-feira, 2 de março de 2011



Amigos, esta missão de atualizar um blog é mais difícil do que eu imaginava ainda mais num período em que tantas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo ou seguidamente como tem sido nos últimos dias. Tenho vivido experiências fantásticas, conhecido lugares e pessoas os quais gostaria de ficar descrevendo por horas a fio tamanha a intensidade  de sensações que me causaram. Mas como ainda estou no meio do processo, vou tentar dividir com vocês um pouco de cada experiência.

MINHA ESCOLA VAI DESFILAR...

Quando me ausentei estava anunciando o show que faria com os compositores e novos amigos Marceu Vieira e Tuninho Galante. Numa terça-feira no Centro Cultural Carioca, lá estava eu com pronta para defender a música que homenageava a verde e branca da Leopoldina dentro de um projeto em que cada música foi feita para uma das grandes escolas de samba do Rio de Janeiro. As Cores verde e branco já moram no fundo do meu coração por toda a vida, visto que sou imperiana. Desta vez foi o novo, um desafio que, aliás, é marca das composições dos dois, as músicas cantadas pelos meus amigos Elisa Addor (sobre a Estácio de Sá) e Thiaginho da Serrinha (sobre o nosso Império Serrano) se igualavam em riqueza e beleza a música que cantei “O Nascimento da Imperatriz”. Sentia que a cada nota a música ia me possuindo até me sentir embriagada tanta beleza. Para todos nós, cantores que participaram do projeto, foi como ganhar um presente esperado.

Feliz, venho agradecer ao Marceu e ao Tuninho por essa rara oportunidade e dizer que minha voz sempre estará a disposição de suas ricas melodias e letras.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tem mais samba ...



Marceu Vieira e eu estamos felizes da vida. Vamos receber nesta terça-feira, dia 22, as belíssimas cantoras Elisa Addor e Luiza Dionízio, duas deusas do panteão da nova música brasileira.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

BH - amor ao primeiro acorde!


Cheguei em BH numa tarde quente e de sol tão forte que por um momento me deu a  impressão de estar no Rio. Não conhecia o Marcelo Roxo que viria me buscar no aeroporto, então fiquei atenta e com o celular na mão caso houvesse algum desencontro. Pouco depois que me posicionei, vi um carro chegando apressado e um motorista com aquele clássico boné de sambista, me dirigi ao carro e logo recebi um sorriso de volta, era ele.
Batemos um longo papo até o hotel onde ficaria hospedada onde relembramos as peripécias do Luiz Carlos da Vila e falamos de amigos em comum como Nilze Carvalho, Toninho Geraes, Toninho Nascimento, Noca da Portela, Moyseis Marques entre outros. Uma conversa gostosa e divertida  parecíamos amigos de longa data. Marcelo é um lutador como poucos em defesa do samba e merece todo o nosso respeito e admiração.
Na hora marcada para o show, cheguei no Sobrado Santa Tereza e fui alegremente recebida por um povo ávido por samba. Pra minha surpresa, recebi logo três pedidos para cantar Conceição da Praia, música de Luiz Carlos Máximo que faz parte do meu cd. Pessoas empolgadas chegavam a mim a todo o momento e diziam que já tinham me visto em diversos vídeos do youtube, galera interessada mesmo.
O grupo Fidelidade Partidária que me acompanhou também foi uma grata surpresa, samba tocado com ginga e bastante molho como deve ser, músicos competentes e como se diz em BH uma galera “boa de serviço”. Conheci também a Aline, parceira do Marcelo Roxo que o ajuda a manter o projeto com garra e cumplicidade. Aline é uma pessoa rica em profissionalismo aliado a simpatia e bom humor, mais uma amizade que quero manter pra sempre. No meio de tanta harmonia encontrei a Doris, sambista de BH  e a Silvana que já  havia conhecido aqui no Rio.
Fizemos juntos o sobrado tremer, fizemos a poeira subir onde nem existia, cantamos  juntos, brindamos ao samba.
Voltei de lá renovada e feliz por ter sido acolhida de maneira tão carinhosa pelo povo daquela cidade. Trouxe muita coisa, não na bagagem mas dentro do coração. Um sentimento de saudade se espalhou no meu peito quando o avião decolou e pude olhar de cima para a cidade que quando menos esperar me terá de volta em seus bares e rodas de samba para começarmos tudo de novo...
Obrigado Belo Horizonte!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Com a voz solta pelo Brasil

Matéria de hoje no jornal Amazonas Em Tempo.













Estou me preparando para a minha ida a Belo Horizonte, onde, junto ao meu novo amigo Marcelo Roxo, faremos mais uma grande festa de "Devoção" ao samba. Vou ansiosa em conhecer pessoas novas e cheia de vontade de fazer o que dá razão a minha existência, cantar...
Os sambistas de BH podem ter certeza de que meu coração já está aí com vcs e no sábado seremos um só pelo samba.
Até breve!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Programa de Índio?

                        Foto do blog Amando Rio de Janeiro


Para muitos, a idéia de ir a praia no domingo é um verdadeiro “programa de índio”. Céu completamente azul, sol , mar tranqüilo. Este poderia bem ser o cenário do paraíso, mas a dificuldade para encontrar um metro quadrado de areia onde se possa colocar uma barraca de sol e uma cadeira começa a transformar o cenário paradisíaco.  Cariocas amam a praia, turistas amam as praias cariocas e todos se contentam com os 50 centímetros quadrados de areia onde possam ficar em pé ao menos. A dificuldade para se conseguir chegar ao mar é enorme e quem consegue tem que se molhar no tempo alheio e não no próprio. Crianças amam a praia, mais a areia do que a água e brincam com ela construindo e reconstruindo castelos, pois adultos desatentos sempre acabam por pisar. Pra que chorar, sobra areia e imaginação às crianças. Os vendedores de brincos, empadas, cervejas, biscoitos Globo, picolés da fruta e outros tantos conseguem o que pra nós é quase impossível, caminhar com sol a pino por entre barracas, cadeiras, cangas e gente, muita gente, carregando suas mercadorias não sem as famosas sandálias de dedo que insistem em encher  de areia a canga daquela moça que acabou de limpá-la, sem problemas, a moça limpa novamente a canga e o vendedor segue feliz faturando no melhor lugar pra se trabalhar, a praia.
Eu fui à praia domingo, isso mesmo. Mas como sou uma pessoa noturna, saí de casa às 17 horas e cheguei na praia ainda a tempo de ver um festival de barracas sendo fechadas quase que ao mesmo tempo o que, se olhado do alto, deveria parecer uma coreografia ensaiada,  o sol estava se indo, fazia muito calor e a temperatura da água estava bastante convidativa. Sou carioca e como tal também amo a praia. Sentada na cadeira alugada, pude ouvir o vozerio diminuindo e sendo substituído pelo barulho das ondas. Por volta das 19:30h uma expectativa tomava conta das pessoas que continuavam na praia e aos poucos todos ficaram de pé olhando em direção ao Morro Dois Irmãos e o que começou de maneira tímida e espaçada se transformou em algo contagiante e frenético. Eram aplausos para o sol que sumia devagar como se ouvisse o carinho e emoção do público praiano. Parecia um ritual pertencente a uma tribo que agradecia ao Deus Sol por ter cumprido com sua promessa. Nessa hora no meio e pertencendo a essa tribo, tive que reconhecer que ir a praia no domingo ou em qualquer outro dia ensolarado é sim um programa de índio.

sábado, 29 de janeiro de 2011

De que adiantaria o meu canto sem tudo o que descrevo aqui?

Teatro SESC Ginástico 28 de janeiro de 2011



O show de ontem, que fez parte do IV Festival de Música, Dança e Cultura Afro Brasileira, foi uma experiência da qual irei me lembrar por tempos sem fim. Falar da minha cultura, sempre foi algo que permeou minha trajetória musical, mas ontem naquele palco havia algo de diferente que no início não tinha percebido de onde vinha. Assim que as luzes iluminaram a platéia eu tive a certeza de que dali estava vindo a magia. Pessoas atentas e completamente comprometidas com o contexto do evento, pareciam estar ligadas entre si a ponto de se tornarem uma única energia na qual eu tb estava mergulhada.

Parecia que a força de nossos ancestrais ali estavam celebrando conosco a riqueza e a beleza de uma cultura que influenciou todo um país,  apesar da forma como foi trazida pra cá. A dor se foi, ficaram a beleza, a história e filhos com a missão de preservar essa cultura.
Eu não me pertencia, minha voz não me pertencia, estava completamente entregue a uma força maior que se intensificava com o bater dos tambores.  São esses momentos que me fazem sentir orgulho de ter abandonado todas as minhas demais atividades para viver da música, da arte da entrega e de cantar o que sinto.

Estou feliz, agradecida, completa e realizada. Deixo aqui minha gratidão ao Rui e Tereza Quaresma pelo convite, aos meus músicos/amigos Leandro Saramago, Rosrigo Reis, Dinho Rosa e Diogo Barreto pela cumplicidade e emoção, ao meu amigo Aloizio Jordão que registrou tudo com imenso carinho, a todos os que estiveram presentes naquele momento ímpar, a Deus e a todos que mesmo não estando lá emanaram energia viva para que o show se realizasse da melhor maneira possível. Se minha apresentação ocorreu de forma tão emocionante foi graças a todos vocês e deixo aqui uma pergunta “De que adiantaria o meu canto sem tudo isso que descrevi acima?”

Obrigado!
Luiza Dionizio

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

É HOJE!!!

SESC Ginástico, Av Graça Aranha, 187 - Centro - 20h - Entrada Franca

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Próxima sexta, dia 28 ás 20h, participo deste evento acompanhada por Leandro Saramago no violão e Diogo Barreto, Rodrigo Reis e Dinho Rosa nas percussões. Todos convidados!
"Hoje ouvi bater os tambores..."