Quem sou eu

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Cantora que ama o que faz e não hesita em expor sua alma em cada palco que pisa.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mens sana in corpore sano



Esta é Neuza, na verdade Neuzinha como gostamos de chamá-la na academia. Gosto de pensar nela e acreditar que é possível chegar aos 75 anos com mente e corpo sãos. Conversar com ela é uma maravilha, cheia de positividade, bom humor e disposição, tornou-se uma pessoa muito especial pra mim. Já malhar perto dela é outra conversa, rsrs. Tenho que ralar e muito pra conseguir acompanhá-la, eu me esforço mas não é mole não. De segunda à sexta nos encontramos na academia, nos finais de semana, o bom papo, a praia, os amigos e a cervejinha básica. Essa sim é bamba! Neuza é uma menina que com inteligência e ginga, sabe como aproveitar a vida. Fica aqui meu agradecimento e minha admiração, amanhã estaremos juntas outra vez.
Ô sorte!!!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Homenageada

Texto do quadro:
"O PROJETO SAMBA IDENTIDADE NOSSA tem a honra de homenagear a grande cantora e militante do samba, Luiza Dionizio.
Saudações para aquele que canta e também denuncia a força que não quer a paz."

Quando o telefone tocou e o meu amigo e fotógrafo Ierê Ferreira me convidou para ser homenageada, o primeiro sentimento foi de susto e digo isso por já ter feito diversas homenagens e me sentir por demais emocionada nessas ocasiões. Ser homenageada nunca tinha me passado pela cabeça durante esta vida que levo cantando.
Depois que a ficha caiu, parei e pensei que o meu canto não me pertence e sim àqueles que gostam de me ouvir. Receber esta homenagem significa que com o meu canto eu consegui transmitir e as pessoas receberam de bom grado.
A missão de quem canta é muito além de entretenimento. Temos responsabilidade pelas pessoas que nos ouvem. Temos respeito pelo que cantamos. Temos amor sendo doado.
Ao chegar na roda de samba no Aterro do Flamengo em noite de lua cheia, com as tochas nos iluminando e vendo a quantidade de pessoas que se mobilizaram e estavam lá ansiosos pra participar deste momento, a emoção foi muita e diferente. Havia nos olhares que me achavam, respeito pelo meu trabalho. No quadro que recebi, todos os meus grandes mestres em samba e na vida como mostra o abraço carinhoso que recebo do meu padrinho Luiz Carlos da Vila. Eu, ali no centro, me sinto abençoada e protegida. Lindo!
Poderia somente agradecer ao pessoal do SAMBA IDENTIDADE NOSSA pelo que eles me fizeram sentir, mas acho mais justo dizer que naquela noite eles entraram para a minha história e deixaram uma nobre marca em minha vida.
Em gratidão, continuarei cantando, sempre e em todo lugar.
Abraço sincero,
Luiza Dionizio

quarta-feira, 20 de março de 2013

Pessoas, voltei!
Como vocês podem observar, passei um longo tempo sem escrever. Tenho muita coisa pra contar e pra mostrar. Coisas que vi nesse ano que passou e que tornaram minha vida mais rica e eu vou aos poucos colocando por aqui com mais frequência desta vez, rsrs.

Quando fiz o Blog, não tinha definido direito de que forma queria usá-lo, agora eu sei. Não quero elaborar demais, quero colocar coisas simples que eu tenha vontade de falar podendo ser apenas uma simples palavra. E assim o será!
Axé e até breve

Carnaval do bom...

Chrome Extensions by 64 Pixels:

'via Blog this'

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Mestre















Ontem, dia 27 de outubro, foi um daqueles dias pa não mais se esquecer.

O show Baticun. 

O mestre Wilson Moreira.

A Sala Baden Powel se encheu de magia na presença daquele a quem devemos chamar de Entidade e reverenciar pelo seu mérito. O CD Baticun começou a ser produzido em 1991 e vinte anos após nos chega de presente. Os irmãos Beto e Henrique Cazes usaram todo o esmero para este trabalho cujo resultado é impossível descrever com palavras, somente ouvindo.

No palco, um mestre emocionado chorou em frente a uma platéia que o aplaudia de pé, efusiva, completamente inebriada com o que acabara de assistir. Um mestre com a humildade que só os grandes conseguem atingir, se colocou no palco e conduziu um espetáculo que beirava o religioso. Íntegro, forte e único, Wilson Moreira se mostrava com a garra de quem está começando.

Eu, orgulhosa por fazer parte deste show, me apresentei com lágrimas nos olhos em diversos momentos, grata por ter sido convidada e convicta de que fiz a escolha certa ao optar em viver de música, ou melhor, viver a música.

O que aconteceu ontem naquele palco merece horas de aplausos contínuos. 

Minha pele negra ainda está vibrando de tanta emoção, de tanta felicidade e preciso deixar registrado que Wilson Moreira é infinito, o grande mestre o qual temos a honra de ter em nosso país.

Salve Wilson Moreira, salve a musicalidade brasileira.

Amém!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Adorável Ro Ro!

Utilizei a frase usada pela minha produtora Vânia Dias, pra definir a pessoa maravilhosa com quem tive a honra de dividir o palco ontem à noite no Rival, Ângela Ro Ro.

A menina bonita de voz rouca que em 79 cantava “Amor, meu grande amor” e “Tola foi você”, virou sucesso, virou moda e mudou padrões. Escandalosa, destemida e livre ousou pelo simples fato de ser verdadeira. Meu comportamento de fã, acompanhou as oscilações desta brava que em nenhum momento se livrou do vício de compor (para o nosso bem). Quantos aos outros, sim.

Ontem, no meu primeiro contato com ela, de imediato me senti a vontade. Ro Ro, corria de um camarim para o outro, distribuindo sorrisos, roteiros, presentes e tirando fotos, muitas fotos, rs. O clima para o talk show que teria início em instantes estava extremamente descontraído. Sempre digo que a música nos torna um só, graças a Deus ela não respeita os rótulos em que somos enquadrados sejam eles quais forem. Mas ontem havia mais do que isso naquele teatro. Havia uma força viva atuando com sua capacidade máxima e nos tornando mais fortes com ela.

Estar no palco com aquela mulher hiperativa que me fazia perguntas enquanto  filmava com sua inseparável máquina fotográfica dos ângulos mais inesperados, que cantava comigo e soltava aquela gargalhada de quem vence, foi fantástico.  Seu humor sagaz ocupava todo o palco e ela sambava, cantava e abanava seu leque.

Nas músicas que cantou, sua voz era da mesma beleza do início de carreira. Linda e rouca.

Senti felicidade ao ver que ali estava a superação em pessoa, a volta por cima. Uma malandra de verdade que não se deixou enganar.

A grande lição estava ali diante de todos, amar a vida nada mais é do que VIVER!

Parabéns Ro Ro, e mil vezes obrigado!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

25 de Julho - Dia da Mulher Negra na América Latina e no Caribe

Em 19992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas em Santo Domingos,  República Dominicana, cerca de 400 mulheres negras do mundo inteiro firmaram o "25 de Julho"como o Dia da Mulher Negra na América Latina e no Caribe, a ser celebrado em clima de reflexão e festividade.

Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da lita e da resistência da mulher negra. Desde então, a sociedade civil e o governo vêm atuando para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero e racial/etnia - explicada em muitas situações do cotidiano - em que vivem estas mulheres. Esta data vai além da celebração do Dia Internacional da Mulher à medida que marca a luta pelos direitos humanos das mulheres negras, três vezes oprimidas por causa da sua raça, do seu gênero e, finalmente, da sua classe social.

Comemorar o Dia 25 de Julho é assumir o inteiro teor da luta anti-racista, unindo as lutas do povo negro às da plataforma feminista para transformar a mentalidade discriminatória, contribuir para a implementação de políticas públicas e oportunizar maior participação e cidadania às mulheres negras.

O objetivo da comemoração do dia 25 de Julho é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres para que possam, todos os espaços, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento do racismo, do sexismo, da discriminação do preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promover e valorizar o debate sobre a identidade da mulher negra brasileira como elo fundamental com toda as mulheres da diáspora, do Continente Africano, Latino Americano e Caribenho para o mundo!

é uma data política que evidencia a construção coletiva internacional e o patrimônio das mulheres negras na diáspora. Religamos os vínculos e as alianças temporariamente rompidas pela escravidão. Isso nos possibilita um espaço de conforto para nossas aspirações e a valorização das vitórias alcançadas, dos direitos conquistados e da nossa existência como mulheres negras.

O Dia Internacional da Mulher Afro-latino-americana e Afro-caribenha também é um momento de avaliação das condições de vida das mulheres negras.

Vivemos em desigualdade. É preciso que a sociedade abra mão do racismo e do sexismo. Temos direito a uma vida plena, a viver numa democracia inclusiva e ter uma agenda de direitos sociais, como expressão e reconhecimento pelo que somos e realizamos. A sociedade precisa mudar.

* Texto escrito pelos elaboradores do evento que acontecerá dia 27 de julho nas escadarias da Câmara dos Vereadores do Estado do Rio de Janeiro

sábado, 18 de junho de 2011

Vamos deixar a cultura morrer?

“A 15ª Vara de Fazenda Pública da Capital decidiu, na noite desta quinta-feira, pela suspensão da realização do festival Santa Música, previsto para ocorrer no bairro de Santa Teresa no domingo. “

Não é raro, nos últimos tempos, encontrarmos notícias como esta nos meios de comunicação do Rio, infelizmente. É lamentável assistir ao que está acontecendo com a cultura da nossa cidade, nosso povo está ficando cada vez mais impedido de ter acesso a qualquer manifestação cultural e com isso, as classes sociais que não tem como pagar para assistir a um show ou uma entrada para um teatro, fica aprisionada na tela da TV (será que esse plano é mais infame do que parece?), assistindo ao que foi cuidadosamente escolhido para formar uma única opinião.

Amo minha cidade, mas estou com muita vergonha do que está acontecendo. Tenho viajado para outros estados onde há constante investimento em projetos culturais populares. Onde o povo tem a liberdade para assistir a shows gratuitamente e me envergonho de ver que a cultura no Rio está restrita somente aos que tem poder aquisitivo para pagar (e muito), para vê-la.

Ano passado, participei do Viradão Carioca. Cantei no bairro de Vila Kennedy para um público que me emocionou, que dançou na praça, que aplaudiu e se sentiu parte de uma cidade ferozmente dividida. Uma mulher que me assistia, tirou do dedo um anel e me deu de presente, agradecida e feliz. Quando me colocaram pra cantar nesse bairro, me enchi de alegria porque cantaria para um público que está completamente à margem do que acontece na outra cidade dentro desta.

Este ano eu me pergunto, o que aconteceu? Onde aconteceram os shows do Viradão Carioca? Quem participou? Quem assistiu? Difícil achar uma resposta justa pra tudo isso.
Nossos governantes estão preocupados unicamente em transformar nossa cidade em um grande Pólo Esportivo para “inglês ver” como diria minha avó. Nada mais interessa, nada tem importância em nenhum outro setor que dirá para a cultura...

Acredito que precisamos urgentemente fazer algo e não assistir pacificamente a morte da cultura em nossa cidade. Eu presenciei, antes da revitalização da Lapa, a policiais armados impedindo que houvesse qualquer manifestação musical no mesmo bairro, Santa Tereza, como se músicos fossem bandidos. Nesse dia eu chorei, hoje estou com um sentimento de revolta e de que já passou da hora de agir e modificar este quadro.

Tenho orgulho da mobilização e do comprometimento do nosso povo com a causa dos bombeiros, agora precisamos de apoio para impedir que a única diversão gratuita do povo seja assistir ao Faustão.

Cultura é necessário, temos que lutar por se quisermos manter o título de Cidade Maravilhosa!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Segunda-feira





Sou das poucas pessoas que esperam, ansiosamente, pela chegada da segunda-feira. Gosto de saber que tenho 5 dias úteis pela frente e da possibilidade de produzir, fazer acontecer, mudar e trabalhar. Quando as segundas são ensolaradas, melhor ainda, mais estimulo e energia. Não tenho nada contra os fins de semana, até porque, também trabalho e gosto demais. Também tenho a oportunidade de estar perto da família e amigos o que é maravilhoso. Mas a segunda-feira pra mim tem um algo a mais.

Aprendi com um amigo muito querido a dar graças todos os dias, todos tem seu mérito e temos todas as manhãs a oportunidade de fazermos um dia melhor do que ontem. Estamos vivos e ativos, temos a chance diária de sermos melhores e lutarmos pelo que queremos. Talvez essa seja a origem da minha paixão, as milhares de oportunidades que se apresentam.

Desejo sinceramente uma ótima semana para todos nós e que no fim desta, possamos nos encontrar e falar sobre nossas novas conquistas.

Axé!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Entrevista para o site O Batuque!

Achei esta entrevista e resolvi publicá-la, nela falo sobre como tem sido viver a música desde que me entendo por gente, rs. Vale a pena conferir!











http://www.obatuque.com/obatuquenovo/?pg=exibir&noticia=1513