Quem sou eu

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Cantora que ama o que faz e não hesita em expor sua alma em cada palco que pisa.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

25 de Julho - Dia da Mulher Negra na América Latina e no Caribe

Em 19992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas em Santo Domingos,  República Dominicana, cerca de 400 mulheres negras do mundo inteiro firmaram o "25 de Julho"como o Dia da Mulher Negra na América Latina e no Caribe, a ser celebrado em clima de reflexão e festividade.

Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da lita e da resistência da mulher negra. Desde então, a sociedade civil e o governo vêm atuando para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero e racial/etnia - explicada em muitas situações do cotidiano - em que vivem estas mulheres. Esta data vai além da celebração do Dia Internacional da Mulher à medida que marca a luta pelos direitos humanos das mulheres negras, três vezes oprimidas por causa da sua raça, do seu gênero e, finalmente, da sua classe social.

Comemorar o Dia 25 de Julho é assumir o inteiro teor da luta anti-racista, unindo as lutas do povo negro às da plataforma feminista para transformar a mentalidade discriminatória, contribuir para a implementação de políticas públicas e oportunizar maior participação e cidadania às mulheres negras.

O objetivo da comemoração do dia 25 de Julho é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres para que possam, todos os espaços, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento do racismo, do sexismo, da discriminação do preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promover e valorizar o debate sobre a identidade da mulher negra brasileira como elo fundamental com toda as mulheres da diáspora, do Continente Africano, Latino Americano e Caribenho para o mundo!

é uma data política que evidencia a construção coletiva internacional e o patrimônio das mulheres negras na diáspora. Religamos os vínculos e as alianças temporariamente rompidas pela escravidão. Isso nos possibilita um espaço de conforto para nossas aspirações e a valorização das vitórias alcançadas, dos direitos conquistados e da nossa existência como mulheres negras.

O Dia Internacional da Mulher Afro-latino-americana e Afro-caribenha também é um momento de avaliação das condições de vida das mulheres negras.

Vivemos em desigualdade. É preciso que a sociedade abra mão do racismo e do sexismo. Temos direito a uma vida plena, a viver numa democracia inclusiva e ter uma agenda de direitos sociais, como expressão e reconhecimento pelo que somos e realizamos. A sociedade precisa mudar.

* Texto escrito pelos elaboradores do evento que acontecerá dia 27 de julho nas escadarias da Câmara dos Vereadores do Estado do Rio de Janeiro